Como escolhemos nossos alimentos?

Você já reparou nas propagandas de alimentos que vê por aí? Já viu alguma propaganda de alimento in natura ou minimamente processado? Talvez uma ou outra propaganda, mas em geral a maioria das propagandas são de produtos processados ou ultraprocessados (estes compõem a maioria esmagadora) como: chocolates, biscoitos, salgadinhos de pacote, refrigerante, embutidos, sucos diversos, margarinas, enfim a lista é imensa. E por que estou lhe falando sobre isso? Porque se você é bombardeado o tempo inteiro com a oferta desses produtos, dá a entender que é isso que você tem no seu campo de escolha, é isso que todo mundo está consumindo. Então normalizamos o consumo de ultraprocessados, ignorando os efeitos que estes produtos têm sobre o nosso organismo. Algumas raras vezes você ouve ou vê algo a respeito no noticiário ou na internet se você for uma pessoa curiosa. E é claro que além do fator oferta há também o fator relacionado ao apego às sensações que aquele produto provoca em você, muitos estão repletos de açúcar e, na visão do Ayurveda, o sabor doce nos traz uma sensação de acolhimento, tanto é que quando você está passando por um dia estressante há uma grande probabilidade de que você recorra ao consumo de doces como chocolates ou alguma guloseima. Dito isso o que quero lhe mostrar é que existe uma série de fatores que influenciam as suas escolhas alimentares, muitos dos quais promovidos pela indústria para incentivar o consumo dos produtos deles, não estão necessariamente preocupados com a nossa saúde, mas sim com o nosso consumo. Preocupar-se com nossa saúde é uma atribuição, principalmente, nossa e é algo que exige tempo, carinho e cuidado para conosco, exige também que exercitemos nossa capacidade de auto-observação para notar como nosso corpo reage após o consumo de determinado alimento, sabe aquela queimação no estômago? Ou aquela agitação mental? Ou a sensação de cansaço e indisposição? Podem estar relacionadas com as suas escolhas alimentares. A Ayurveda nos auxilia a fazer escolhas melhores para a nossa saúde e bem-estar, nos convidando sempre a refletir que não existe um alimento que seja bom para todo mundo o tempo inteiro. Há muitos fatores a serem observados como: em que fase da vida você está? Qual a sua constituição? Há agravações? Qual a estação do ano? Onde você mora? Como é a sua digestão?

Exercitar o nosso poder de escolha consciente é crucial para aprendermos a navegar nesse mar de possibilidades e as escolhas alimentares, de estilo de vida e muitas outras que você fizer hoje continuarão a lhe acompanhar no futuro. Dessa forma não espere a aposentadoria para começar a cuidar de si, o autocuidado é uma premissa constante e contínua.

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